Quando todos os feitos pareciam ter sido esquecidos
Quando todo o amor matou a posse e renasceu falecido
Quando todos os defeitos voltaram, sem ao menos terem partido;
Dias coloridos que passaram em preto e branco
Noites mal dormidas a espera de outro tanto
Relações cruas cheias de luz que perderam o brilho...
[O mistério que seduz, foi o próprio auxílio]
O encanto cultivou os encontros
Perderam-se juntos em reticências, vírgulas, pontos
Entre os cantos, sonhos, esquinas, apenas mais um conto
Ideias mortas que sumiram com o vento
Frases tortas, cretinas, suplicavam por algum sentimento
E os corpos que se perdiam nas horas
Se cruzaram de fora, para dentro
O espírito tentou sentir a alma, selvagem, visceral
A mente perdeu a calma, a viagem e o final
Marcas que voaram, invisíveis pelo ar
Cartas que somente o tempo
Seria capaz de enviar...
...E o desejo contido
No silêncio de um olhar.
Quando todos os gritos perderem a voz
Quando todos os conflitos permearem no após
Quando todos nossos contras se transformarem em prós
Os laços livres - presos - farão sentido.
Só eu, você e nós.
segunda-feira, 12 de abril de 2010
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