segunda-feira, 12 de abril de 2010

Quando todos os feitos pareciam ter sido esquecidos
Quando todo o amor matou a posse e renasceu falecido
Quando todos os defeitos voltaram, sem ao menos terem partido;

Dias coloridos que passaram em preto e branco
Noites mal dormidas a espera de outro tanto
Relações cruas cheias de luz que perderam o brilho...

[O mistério que seduz, foi o próprio auxílio]

O encanto cultivou os encontros
Perderam-se juntos em reticências, vírgulas, pontos
Entre os cantos, sonhos, esquinas, apenas mais um conto

Ideias mortas que sumiram com o vento
Frases tortas, cretinas, suplicavam por algum sentimento
E os corpos que se perdiam nas horas
Se cruzaram de fora, para dentro

O espírito tentou sentir a alma, selvagem, visceral
A mente perdeu a calma, a viagem e o final
Marcas que voaram, invisíveis pelo ar
Cartas que somente o tempo
Seria capaz de enviar...
...E o desejo contido
No silêncio de um olhar.

Quando todos os gritos perderem a voz
Quando todos os conflitos permearem no após
Quando todos nossos contras se transformarem em prós
Os laços livres - presos - farão sentido.
Só eu, você e nós.