quinta-feira, 29 de julho de 2010

Perigo de Sorte - Alta Tensão

...E talvez só os dois tivessem a cura
para a doença interminável que existia
A presença foi inevitável
o fim de uma ausência sumia
Ela perdida no próprio renascimento
enquanto ele por dentro, morria
Ele que por tanto tempo a procurou
sentiu que seu prazo havia expirado
Ela enfim se [re]encontrou
havia recém começado
Estavam sendo guiados – ambos - por um poder duplicado
A dor transformou-se em amor
passou a ter cor, calor, sabor
a nova era de um longo início
Ela levantou vôo
altura invisível de um precipício
Mergulho profundo
lento e sublime na imensidão
Ele criava frutos
como se fosse uma árvore
com suas raízes cravadas no chão
O tempo passava depressa
perdeu a relação com o espaço
Quando enfim se reencontraram
Presos tornaram-se os laços
E deixaram plenos
o tudo e o nada para tras
Paz
interna externa e eterna
era somente o que ele pedia
Ela oscilava [in]constante
entre a paixão
o medo
e a euforia
... E talvez só os dois tivessem pura
a intensa [incurável] sincronia
Que crescia infinita
lado a lado
dia a dia
Não teve cura
foi nua e crua a realidade
Ela era só energia
E ele
Apenas eletricidade