terça-feira, 7 de dezembro de 2010

wish you were beer

Como todo mundo sabe, homem que é homem idolatra cerveja!
Entre devaneios, dicas no twitter, filosofias de buteco, muita cerveja em buteco, síndromes do dia-a-dia da série: a vida como ela é, pensei e repensei com meus botões e notei a extrema ligação que os queridos tem com cerveja, veja você: CADA UM COM A SUA CADA QUAL:
Pois bem:

1) Homem Kaiser - É aquele cara barato, pau-pra-toda-obra, você já consumiu várias e várias vezes mas sabe que ele realmente não se enquadra nos especiais. A gente acaba consumindo algumas vezes, geralmente quando já estamos levemente alcoolizadas e não existe mais nenhuma opção plausível pra aquela noite. O Homem Kaiser é uma espécie de estepe, ele serve, não é de todo ruim, mas também não te deixa satisfeita. Acaba geralmente, enjoando justamente por não ser tão bom quanto nós gostaríamos.

2) Homem Polar - Sabe aquela sensação de que "o cara" não tá presente? O homem Polar é esse, quando "o melhor não ESTÁ aqui"! O homem Polar é quase um homem Bi-Polar. As vezes te dá maior bola, as vezes se faz de fodão. Você nunca sabe direito mas (quase) sempre ele tá ali! É aquele delícinho, o fofinho, bonitinho, engraçadinho, cai bem, cai super bem, mas no fundo... ele é aguado. Falta substância, firmeza, não tem pegada, ou no fundo no fundo, ele é daquele tipo medrosinho, que falta atitude ou talvez idade pra te acompanhar direito. O homem Polar também são conhecidos como os amigos heteros de mulher, aqueles amigos que na verdade não são teus amigos, só querem te comer (mas não chegam a reta final).

3) Homem Skol - É aquele que desce bem, muito bem, o redondinho, o padrão! É o cara que é "a bola da vez"! O Homem Skol é aquele cara que é todo correto, o cara que a gente apresenta pros amigos, amigas e quando nunca, até pra família. Ele cai bem pra qualquer ocasião; se veste bem, é educado, sociável, bom de cama, chama atenção e te chama de dele! É ciumento, conservador e enxerga namoro até onde não existe! Espertas são aquelas que conseguem domar o Homem Skol, ele é realmente um (quase) tudo de bom, se não fosse por ser tão redondinho e... sorry, comum!

4) Homem Guiness - É o legítimo mala! O Homem Guiness é aquele que desce pesado, te deixa enjoada, só frequenta a elite, fala desde Marx até aquecimento global durante a noite inteira, mas ao invés de te acordar só te deixa com sono. Homens Guiness na minha opinião poderiam ser enquadrados de gays, pois Guiness não é cerveja de mulher, mas enfim, o cara Guiness vai te levar nos melhores restaurantes, nos melhores Pubs da cidade, nos melhores hotéis, nos melhores tudo... até você notar que na verdade você não queria algo assim TÃO encorpado. Após algumas noites com o homem Guiness, bate a dúvida: Onde é que tava minha Kaiser ou minha Polar mesmo?!

5) Homem Budweiser - É aquele cara em extinção! Aquele que é come-quieto, que mal aparece na mídia, mas nos anos 90 aprontou muito ou teve inúmeros problemas com a concorrência. O homem Budweiser é quase o perfeito. Ele é forte, é sexy, faz a pinta de macho, mas na verdade, a gente sabe que ele desce bem de leve. Esse cara metido a fodão vai te levar as alturas, tem ideias insanas, é aquele engraçado interessante com um humor sarcástico, é aquele que vai te levar pra cama provavelmente por te ganhar na lábia, na conversa e veja você... no riso.
o homem Budweiser no fundo ele é um sensível (basta a gente saber domar), é o amigo, talvez aquele que SE FINGE de amigo, o legítimo BUDDYweiser sabe?! Como eu disse acima, os Budweiser estão em extinção. Meu sonho é encontrar um desses pra mim mas ainda não caiu na minha horta, quer dizer, no meu "copo"!

6) Homem Heineken - É o querido que parece um pouquinho amargo! Grande parte dos caras Heineken são lacônicos, sérios, algumas vezes engraçadinhos mas a maioria gosta de estampar o seu mau humor, que convenhamos, é um charme. Após conhecê-lo melhor, você vê que o homem Heineken cai super bem, não te deixa enjoada, não é grudento e nem tem crises de ciúmes, porque esse jeitinho de garoto enxaqueca eles nunca tiram a máscara! Enjoamos dos Heineken a maioria das vezes por que esse ladinho amargo deles é só truque; no final você descobre que ele é um POÇO de sensibilidade!

7) Homem Nova Schin - É o loser, o aflito, o chato, o mala. Homens Nova Schin estão enquadrados na Velha Safra. São aqueles caras que surgem da gaveta quando você menos espera, aquele tipinho que quando você chega num churrasco de um semi-conhecido, lá está ele na gaveta - literalmente - te esperando! É o cara do "revival", o cara que te suplica por um "remember", o cara que você nem lembra mais que existe, aquele que certamente você já bebeu há muito tempo atrás, finge que NUNCA, esqueceu como é o gosto porque tem medo até de lembrar! Mas ele sempre volta como um assombro, um vulto, um exu, louco pra ser "bebido" novamente. Homens Nova Schin é uma pena, mas nem quando estamos bêbadas recorremos a vocês. :~

Moral da história: Devo investir nos destilados ou parar de beber?!

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Relationshits

Será que é a pegada que deixa a mulher apegada?
Será que é o beijo que define o nível da trepada?
Será que é ele ou você que não te dá o devido valor?
Será que é só sexo ou existe amor?
Eles preferem as presas pra se sentirem mais livres.
Eles preferem as pobres pra se sentirem mais ricos.
Eles preferem as burras pra se sentirem mais inteligentes.
Eles preferem as dependentes pra se sentirem independentes.
Eles preferem as passivas pra se sentirem mais ativos.
Eles preferem as mulherzinhas pra se sentirem mais machos.
E se você causa medo...
Pode ter certeza. Ele vai ser o primeiro a ir embora mais cedo.
Será que é o início que determina o meio?
Será que é você ou ele que vai te dar freio?
Eles gostam de te dar rédeas curtas.
Querem uma lady na rua e na cama, uma puta.
Ele te deseja até o último minuto.
Até você perceber...
Ele não é teu amigo.
Ele só quer te comer.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Pó de crer

Na calada da noite, se encontraram. Obra do acaso, obra do destino.
Os olhares se cruzaram em meio àquela multidão de pessoas, em meio à música alta, barulhos alheios, risadas frenéticas, cheiro de álcool e o perfume da ilusão.
Ambiente cheio. Cheio de pessoas vazias... E o olhar, a profundeza dos seus olhares.
Metros de distância, tão perto mas tão longe... Chegaram perto um do outro;
Ela vestia branco, olhos vivos, brilhantes, em choque, vibrante. Sorriso estampado, levemente tímida, com a imponência que sempre lhe foi peculiar.
Ele vestia o casaco que ela mais gostava. Postura baixa, abismado, olhos vivos, sério, vidrado. Com a insuficiência que sempre lhe foi peculiar.
A – Nem acredito, sério...
B – No quê? Tudo bem contigo? Que bom te ver.
A – Sempre, tudo ótimo...
(Suspira)
B – Eu nem sei o que falar.
(Ele sorri, fica em silêncio, olha pro chão.)
A – Não precisa falar nada. Isso fala por si só, acho.
B – Nunca fui bom nisso. Enfim, tu sabe, fiquei meio tenso agora.
(Ele puxa um cigarro, lhe oferece um cigarro, acende os dois.)
A – Não precisa, tu tá indo bem.
B – Eu nunca vou bem em nada, mas me sinto melhor agora... gostei disso... de te ver.
(O silêncio é ensurdecedor; eles param, se olham, sem saber o que dizer nem o que pensar.)
A – Lembra?
B – Do quê?
A – A primeira frase que ouvi de ti foi “Eu tenho o que tu quer!”, e hoje, não sei por que lembrei disso, parece uma parte II daquela primeira vez. Sinto assim.
B – Eu tenho o que tu quer?
A – Eu não sei, talvez nunca saiba... enfim, eu tô com um pouco de pressa, só parei pra cumprimentar um amigo, achei bom te ver. Mesmo.
(Ela vira as costas e acena de longe, dando adeus.)
B – Eu também, muito. Talvez tu tenha o que eu quero.
(Ela para e vira somente o rosto.)
A – Eu voei, como pó!
Responde simpática, sarcástica e vai.
Com muita pressa, como sempre lhe foi de costume, voou como pó, inteiramente pura, branca, fina, volátil, deixando-o com o coração acelerado, envenenado, e seus olhos, ainda mais vidrados.
Ele continuou ali, no mesmo lugar, parado, com um copo de uísque na mão. Sentia-se sozinho, confuso e bêbado, em meio à sobriedade caótica de pessoas aleatórias e inflado de memórias e pensamentos, guardados. Na calada da noite, cinzas que voaram. Um encontro relâmpago, expresso, fugaz. Brinde do acaso, que foi levado pelo vento. Um tanto de pó.
Pó de crer.
Pó de crenças, incertezas e desejos ocultos que jamais seriam desvendados pois simplesmente o vento levava, a brisa soprava, o ar sugava, o medo aspirava e a fantasia... virou pó, pó mágico.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Perigo de Sorte - Alta Tensão

...E talvez só os dois tivessem a cura
para a doença interminável que existia
A presença foi inevitável
o fim de uma ausência sumia
Ela perdida no próprio renascimento
enquanto ele por dentro, morria
Ele que por tanto tempo a procurou
sentiu que seu prazo havia expirado
Ela enfim se [re]encontrou
havia recém começado
Estavam sendo guiados – ambos - por um poder duplicado
A dor transformou-se em amor
passou a ter cor, calor, sabor
a nova era de um longo início
Ela levantou vôo
altura invisível de um precipício
Mergulho profundo
lento e sublime na imensidão
Ele criava frutos
como se fosse uma árvore
com suas raízes cravadas no chão
O tempo passava depressa
perdeu a relação com o espaço
Quando enfim se reencontraram
Presos tornaram-se os laços
E deixaram plenos
o tudo e o nada para tras
Paz
interna externa e eterna
era somente o que ele pedia
Ela oscilava [in]constante
entre a paixão
o medo
e a euforia
... E talvez só os dois tivessem pura
a intensa [incurável] sincronia
Que crescia infinita
lado a lado
dia a dia
Não teve cura
foi nua e crua a realidade
Ela era só energia
E ele
Apenas eletricidade

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Quando todos os feitos pareciam ter sido esquecidos
Quando todo o amor matou a posse e renasceu falecido
Quando todos os defeitos voltaram, sem ao menos terem partido;

Dias coloridos que passaram em preto e branco
Noites mal dormidas a espera de outro tanto
Relações cruas cheias de luz que perderam o brilho...

[O mistério que seduz, foi o próprio auxílio]

O encanto cultivou os encontros
Perderam-se juntos em reticências, vírgulas, pontos
Entre os cantos, sonhos, esquinas, apenas mais um conto

Ideias mortas que sumiram com o vento
Frases tortas, cretinas, suplicavam por algum sentimento
E os corpos que se perdiam nas horas
Se cruzaram de fora, para dentro

O espírito tentou sentir a alma, selvagem, visceral
A mente perdeu a calma, a viagem e o final
Marcas que voaram, invisíveis pelo ar
Cartas que somente o tempo
Seria capaz de enviar...
...E o desejo contido
No silêncio de um olhar.

Quando todos os gritos perderem a voz
Quando todos os conflitos permearem no após
Quando todos nossos contras se transformarem em prós
Os laços livres - presos - farão sentido.
Só eu, você e nós.

quinta-feira, 25 de março de 2010

SCREAM FOR CONTROL

Por que nós gritamos um com os outros? Em uma única palavra, satisfação.

Jogar nossa raiva sobre alguém nos dá uma sensação rápida e profunda.

Mas, como uma droga, esse comportamento vai longe e logo precisamos do próximo grito de raiva para nos colocar em forma novamente.

Hoje, quando vocês quiser gritar, ou sentir raiva, restrinja. E isso não significa que você tenha que esconder a sua raiva ou fingir que ela não existe.

Mas, simplesmente, não despejá-la sobre os que estão a sua volta.

---Daily Kabbalah Tune Up: Scream for Control [24032010]---

quarta-feira, 3 de março de 2010

Desnutrido

Vivia numa busca
Incurável, sem remédio
Seu mal era inflável
Camuflado pelo tédio
Ele tinha vinte e três
Vinte e três longos
Enganos
Que cresciam lentamente
Toda vez no fim do ano
Seu corpo era fraco
Retraído em sua loucura
Media exatamente
Um metro e oitenta
De amargura
Buscava o equilíbrio
Sua vida era um peso
E marcava na balança
Setenta quilos
De desprezo
Desprezo pelos outros
Por si mesmo, tudo igual
Nutria um certo apego:
Dezoito centímetros
De mal!
Mau humor, desamor
Seu valor mal existia
Sentia-se indisposto
Vinte e quatro
Vezes ao dia
Vivia em um transe
Uma sina, um tormento
Seus sonhos?
Na padaria
Ele não conhecia
A não ser o alimento.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Prato [E]feito

Sumiu sem deixar rastro
Endereço e identidade
Fez de mim um objeto
Pra matar sua vontade
Pra ele, eu era rara
Caprichou na encenação
Testou a minha tara
E partiu na contramão
Seu nome era falso
Personagem triste e só
Na primeira eu já sentia
Voaria como pó
Na segunda ele mostrava
Uma certa intimidade
E sempre deixou claro
Que falava a verdade
Um tanto controverso
Ele era um impostor
Fingia ser sensível
Detestava o desamor
Perguntou-me sobre sonhos
Fiquei muda, que momento
Então ele replica:
De comer, o alimento
Parecia que era filme
Um roteiro bem canalha
Como ator era excelente
Mas a história teve falha
Uma pena, eu diria
Seu sumiço, a partida
Eu queria ele apenas
Como um prato de comida.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Partido ao meio

...E então, mais uma vez ele diz "vou embora" quando na verdade, o resto de toda sua vida, viveria em solidão profunda, perdido no universo, itinerante, alma vaga, fingindo e fugindo sempre, não dos outros a sua volta mas sim, de si mesmo;
O vazio permaneceria latente por anos e a busca de um encontro perfeito com sua [própria] identidade seria ilusória, perdida, inerte...
Ele jamais se encontraria com seu passado, seu presente e muito menos com algum possível futuro. Selvagem?
A partida foi nua, crua, neutra e paradoxalmente, visceral.
Eu não tive nada a dizer;
Todas minhas frases de efeito não compensaram o poder absoluto do meu silêncio.
Ele partiu.
E eu não senti.
Foi assim, volátil, volúvel, líquido... etéreo!
Minhas últimas palavras foram jogadas com pressa num papel qualquer ao lado da cama.
Apenas um sonho;

Quando ele acordou, quem havia partido, era eu.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

EGO

O mínimo não mais compensa
paraíso infernal.
A lembrança sente a falta, o veneno foi letal.
O orgulho se limita estranhamente feroz
preso não só a si mesmo
mas brutalmente em nós.
Escrúpulo suficiente pra fingir o que não sente
Os dias passam
os erros ficam
cada vez mais imersos no fundo da gente...
Da alma.
Manter a calma.
O tempo é o incrível senhor da razão.
Hoje controla a certeza
amanhã liberta a ilusão.
Não há chaves que possam abrir os cadeados
saídas e entradas.
Falsas surpresas e o profundo artifício
de um vazio inacabado
Dar um basta!
Me soa tão radical.
Talvez eu mude de ideia quem sabe agora
outra hora, no meio ou final?
Pausa.
Minhas causas não tem nexo.
Não culpo o destino tão lento, intenso e complexo.
Esqueci o que eu ia dizendo.
Me dá medo de lembrar, andei perdendo palavras,
razão e um pouco de ar.
Sei que é coisa do momento, amanhã não será nada
talvez eu mude de ideia e encontre o fio da meada.
O que era não vai ser e o que é ficou para trás.
O que vem me leva a crer que o futuro se desfaz.
Encontrei argumentos, perdi o fio da meada.
Mudei de ideia, encontrei as palavras
a razão e o ar que me deixava sufocada
Ainda dispenso... todo e qualquer tipo de
alarme, ladainhas e faíscas.
As vezes eu me apago
As vezes eu me apego
As vezes eu me pego
somente em busca
de um novo alguém
que resista...