segunda-feira, 12 de abril de 2010

Quando todos os feitos pareciam ter sido esquecidos
Quando todo o amor matou a posse e renasceu falecido
Quando todos os defeitos voltaram, sem ao menos terem partido;

Dias coloridos que passaram em preto e branco
Noites mal dormidas a espera de outro tanto
Relações cruas cheias de luz que perderam o brilho...

[O mistério que seduz, foi o próprio auxílio]

O encanto cultivou os encontros
Perderam-se juntos em reticências, vírgulas, pontos
Entre os cantos, sonhos, esquinas, apenas mais um conto

Ideias mortas que sumiram com o vento
Frases tortas, cretinas, suplicavam por algum sentimento
E os corpos que se perdiam nas horas
Se cruzaram de fora, para dentro

O espírito tentou sentir a alma, selvagem, visceral
A mente perdeu a calma, a viagem e o final
Marcas que voaram, invisíveis pelo ar
Cartas que somente o tempo
Seria capaz de enviar...
...E o desejo contido
No silêncio de um olhar.

Quando todos os gritos perderem a voz
Quando todos os conflitos permearem no após
Quando todos nossos contras se transformarem em prós
Os laços livres - presos - farão sentido.
Só eu, você e nós.

5 comentários:

Anônimo disse...

Quando conheceres o que tem dentro de ti...

Quando saboreares o mel raro que sai dos próprios labios...

Quando perceberes a cena, o teatro com teto de zinco, enferrujado, pronto para o próximo golpe de vento...

Saberás que não venho a galope...
Apareci lentamente, como um gato.

Sacha Corleone disse...

Nossa, quem é você, Anônimo?

Anônimo disse...

Sou ninguém não,
Não tenho retrato
Admirador já ficou out,
Ultrapassado

Como uma fotografia 3x4,
juntada aos pedaços,
por amelie.

Sacha Corleone disse...

na pior das hipóteses, gostaria de ler teus escritos...

Prondevai? disse...

Achei que havia sido excluido meu blog,
http://prondevai.blogspot.com/

periodo esquisito, mas com alguma coisa boa de whitman, e alguns desenhos e escritos meus.

Até.