...E então, mais uma vez ele diz "vou embora" quando na verdade, o resto de toda sua vida, viveria em solidão profunda, perdido no universo, itinerante, alma vaga, fingindo e fugindo sempre, não dos outros a sua volta mas sim, de si mesmo;
O vazio permaneceria latente por anos e a busca de um encontro perfeito com sua [própria] identidade seria ilusória, perdida, inerte...
Ele jamais se encontraria com seu passado, seu presente e muito menos com algum possível futuro. Selvagem?
A partida foi nua, crua, neutra e paradoxalmente, visceral.
Eu não tive nada a dizer;
Todas minhas frases de efeito não compensaram o poder absoluto do meu silêncio.
Ele partiu.
E eu não senti.
Foi assim, volátil, volúvel, líquido... etéreo!
Minhas últimas palavras foram jogadas com pressa num papel qualquer ao lado da cama.
Apenas um sonho;
Quando ele acordou, quem havia partido, era eu.
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
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4 comentários:
bora morrer de tuberculose, amigue?
vai ser vitoriano!
chique!
digno de publicações póstumas!
a gente nunca sabe quem parte.
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